Empreender realmente é para poucos?

Empreender não é questão de nascer com uma vocação. Com coragem, autoconhecimento e preparação, qualquer pessoa pode transformar sonhos em realidade. Saiba como superar obstáculos e conquistar seu espaço.

7/6/20253 min ler

Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem ao refletir sobre suas carreiras e sonhos profissionais. Existe uma crença bastante difundida de que algumas pessoas nascem com uma vocação natural para abrir seus próprios negócios, enquanto outras estão destinadas a serem empregadas a vida toda. Mas será que essa distinção é realmente verdadeira? A resposta é não, e entender o que realmente impede ou incentiva o empreendedorismo pode ajudar a desmistificar essa ideia.

Muitas vezes, a maior trava para quem pensa em empreender não é a falta de aptidão ou talento, mas sim a decisão de assumir riscos. Empreender exige coragem para agir, enfrentar dificuldades e estar à frente de uma empreitada, sabendo que o sucesso não é garantido. Por outro lado, há quem prefira a segurança de um emprego, mesmo que isso signifique abrir mão de autonomia e potencial de crescimento. Essa escolha muitas vezes está relacionada ao medo do fracasso ou à insegurança diante do desconhecido.

Para ilustrar essa questão, podemos olhar para dados de pesquisas recentes. Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2022, aproximadamente 52% da população brasileira se vê como empregada, enquanto cerca de 20% se identificam como empreendedores ou autônomos. Esses números mostram que, embora uma parcela significativa da população tenha o desejo ou a intenção de empreender, a maioria ainda se vê mais confortável na posição de trabalhador assalariado.

O dado acima pode ser reforçado através de uma pesquisa do Sebrae, onde esta revelou que cerca de 20% dos brasileiros possuem algum tipo de negócio próprio formalizado. O que confirma que, na prática, o empreendedorismo ainda é uma realidade de uma parcela relativamente pequena da população.

Esses dados nos levam a refletir que o ponto central não é necessariamente a aptidão ou uma vocação inata para empreender, mas sim a capacidade de identificar o nicho onde se encaixa melhor. Seja atuando como uma pequena empresa com estrutura e empregados ou como um profissional autônomo prestando serviços especializados, o importante é entender onde suas habilidades, interesses e conhecimentos podem ser melhor aproveitados. O empreendedorismo não é uma questão de nascer com uma "vocação" específica, mas de estar disposto a aprender, se adaptar e assumir riscos calculados.

Outro aspecto fundamental é o autoconhecimento. Conhecer suas próprias forças, limitações, desejos e objetivos é essencial para quem pensa em abrir um negócio. Essa compreensão ajuda a definir qual o melhor caminho a seguir, além de preparar o empreendedor para os obstáculos que certamente surgirão. Como dizem, não há sucesso sem dificuldades, e estar preparado para enfrentá-las é o que diferencia quem consegue perseverar de quem desiste na primeira adversidade.

Portanto, se abrir o próprio negócio é uma possibilidade para muitos, o que realmente faz a diferença é a disposição de agir e de se preparar adequadamente. Não basta ter uma ideia brilhante ou uma vocação inata, é preciso entender o mercado, planejar, estudar e se blindar das dificuldades que aparecem ao longo do caminho. Afinal, o sucesso não depende apenas de nascer com uma aptidão, mas de estar disposto a aprender, a se adaptar e a persistir.

Em resumo, empreender não é uma questão de destino ou de uma vocação predestinada. É uma decisão que envolve coragem, autoconhecimento e preparação. Conhecer-se bem é o primeiro passo para identificar onde e como atuar, seja como empresário ou como profissional autônomo. E, acima de tudo, é importante lembrar que as dificuldades fazem parte do processo, mas com planejamento e determinação, elas podem ser superadas. Afinal, o verdadeiro segredo do sucesso está na disposição de tentar, aprender e seguir em frente.